sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A Ordem e o Manifesto.

Caro colegas advogados, realmente, chegamos na encruzilhada.

Acaso o pedido do Renato Neri pela votação direta for indeferido, O Movimento oposicionista, que não se confunde com o Movimento pela OAB Democrática, sairá ganhando. E com esta vitória, dificilmente o grupo de Faiad conseguirá eleger o seu candidato, quem quer que seja, pois toda classe dos advogados é a favor da votação direta, concluindo com um silogismo simples: quem é contra a votação direta ao quinto constitucional da OAB/MT no Tribunal de Justiça é contra a classe dos advogados.
Acaso eles optem pelo indeferimento total, ficará nitidamente estabelecida a intenção de acabar com qualquer pretensão do Conselheiro João Cabrito e a turma do núcleo do futebol, ou seja, a velha conhecidas turma do Mingau, em intentar a presidência da OAB/MT. A arma a ser utilizada pelo Faiad seria a fidelidade de João Cabrito. Fidelidade esta que pode ser comprovada pelos atos do próprio Conselheiro João Cabrito, que viu-se preterido pela questão do voto aberto, e nada reclamou. Que viu Toco Palma manifestar pela votação direta, e logo foi reclamar a fidelidade deste.
Eu acredito que João Cabrito tem força no Conselho, o que ele votar estará decidido, mas ainda não vi provas de sua capacidade de ser independente, e enxergar que a história a ser feita neste exato momento é a instituição nacionalmente exemplar da votação direta para o quinto constitucional, mesmo que seja para a próxima vaga. Alertamos, desde já, a Turma do Mingau, a fidelidade a ser cobrada por Faiad é em relação às pessoas, e não em relação às idéias. Não é a fidelidade pela democracia, mas sim a fidelidade pelo grupo.
Ao indeferirem o pedido, não dando chance para a tese subsidiaria da votação direta para a próxima vaga, a atual direção da OAB/MT está claramente dando a mensagem que utiliza a instituição em proveito de grupelhos políticos, baseando suas ações em pensamentos pessoais e não institucionais.
Sabendo de tudo isso, a única saída fora o desgaste pleno de Faiad e seu grupo é o meio termo, é o equilíbrio da dialética reflexiva: indeferir o pedido a vaga aberta pela aposentadoria do desembargado Munir Feguri, e institucionalizarem a votação direta para a próxima. Na minha visão, esta é a ponderação a ser feita, inclusive para a própria imagem da OAB/MT. Os jovens advogados, que são a maioria dentro da classe, não querem que pequenas desavenças pessoais passadas possam atrapalhar a grandeza de um ideal futuro como a votação direta. E aqueles que arranjarem supostas celeumas formais para não decidirem pela votação direta serão cobrados com veemência a fidelidade do ideal que norteia aos advogados e a própria OAB/MT: a luta incondicional pela democracia.
Acredito, eu, que o Conselho deva ser grande como é grande a nossa instituição. Acredito que o Movimento pelo OAB/MT Democrática aceitando a ponderação da votação direta para a próxima vaga estará cumprindo com o seu papel. Não haverá grupos vencedores ou derrotados, haverá sim a glória de toda coletividade dos advogados de Mato Grosso. Não haverá versões de histórias a serem contadas, e sim a plenitude de nossas consciências de que fizemos aquilo manifestadamente era o melhor a fazermos: a democracia.

Bruno J.R. Boaventura – Advogado. WWW.bboaventura.blospot.com

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